O salário mínimo nacional vai aumentar de 557 para 580 euros em Janeiro do próximo ano, mas sem acordo e por decisão do Governo, anunciou na terça-feira, 19, o ministro do Trabalho, no final da reunião da Comissão Permanente da Concertação Social.

Aos jornalistas, o Secretário-geral da CGTP-IN disse que «o Governo percebeu que não pode continuar a ceder às confederações patronais», mas considerou o montante «insuficiente». Citado pela agência Lusa, Arménio Carlos reafirmou que a Intersindical irá continuar a mobilizar os trabalhadores e a desenvolver a acção necessária para que, através da negociação colectiva e da luta reivindicativa, em cada vez mais empresas vigore um salário mínimo não inferior a 600 euros.

O ministro Vieira da Silva, também em declarações no final da reunião, considerou que o acordo não foi possível devido sobretudo às exigências das confederações patronais, «impossíveis de satisfazer», particularmente quanto a manter inalterada a legislação laboral, mas também no que toca à redução das contribuições para o Fundo de Compensação do Trabalho, numa proporção «de 100 para 20». Para 2018, remeteu as discussões sobre alterações neste FCT e sobre contratação colectiva e redução da «segmentação» laboral.